Após duas rodadas intensas de negociações que iniciaram com propostas inaceitáveis para o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Araçatuba e Região (Aliment-Ata), a presidente, Dulce Elena Ferreira, anunciou fechamento de acordo após realização de assembleia na unidade da multinacional em Araçatuba esta semana.
Ela diz que o resultado não foi na proporção desejada, mas o importante é que se chegou a um acordo sem perdas, e sim com ganhos para a categoria. O acordo foi fechado com votação apertada, sendo que na assembleia 486 trabalhadores votaram. Deste total, 253 foram favoráveis a proposta aprovada e 232 rejeitaram, querendo mais benefícios.
A proposta inicial da empresa era de conceder um reajuste salaria de 3,3%, muito abaixo do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) que foi de 11,08%. No final o sindicato conseguiu o reajuste de 11%.
A empresa queria retirar os direitos do plano de saúde para os parentes dos colaboradores, mas no final a reivindicação do Sindicato para a manutenção desta conquista foi atendida, e os parentes dos colaboradores continuam tendo plano de saúde como dependentes.
A presidente lembra ainda que a hora extra, pela proposta inicial, cairia para 50%, e pelo acordo foi mantido 90% para as duas primeiras horas e 100% para as demais excedentes. A PLR (Participação dos Lucros e Reais), fixado atualmente em R$ 3,5 mil por ano, a princípio não teria reajuste, mas a empresa concedeu reajuste de 10% no fixo nominal, com variável de 1,5 salário podendo chegar a 130%.
A proposta de reembolso apenas para medicamentos genéricos também foi derrubada no acordo. E o ticket alimentação teve reajuste de 13,16%, passando de R$ 380 para R$ 430. Os pisos salariais de admissão passaram para R$ 1.578,12 para auxiliar de embalagem e armazém e R$ 1967,80 para auxiliar de fabricação, além da manutenção dos demais benefícios.