Aliment-Ata rejeita proposta da Nestlé em respeito à decisão dos trabalhadores

Dra. Dulce Ferreira, Presidente do Aliment-Ata

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Araçatuba e Região (Aliment-Ata) foi o único a rejeitar a proposta final da Neslté nas negociações coletivas de 2019, e está tomando as providências cabíveis para tentar garantir os direitos dos trabalhadores. A presidente, Dulce Helena Ferreira, afirma que está seguindo o que foi decidido em assembleia com os trabalhadores da unidade de Araçatuba.
Antes de decidir pela rejeição do acordo, ela fez uma assembleia com a categoria, sendo que entre os participantes, 128 votaram a favor e 430 contra, por isso ela seguiu a decisão da maioria e já está tomando as medidas cabíveis. O Aliment-Ata foi o único sindicato no Estado a rejeitar a proposta, sendo que os sindicatos que abrangem outras unidades da empresa, como Araraquara, São José do Rio Pardo, Araras, Caçapava e Marília, por exemplo, fecharam o acordo.
Os trabalhadores não aceitam a redução dos benefícios. A proposta final da empresa prevê reajuste salarial de 3,5%. No entanto, o Sindicato não concorda com a redução do piso de admissão, que cria uma nova categoria com vencimento de R$ 1.357,00, ante os atuais R$ 1.692,08.
A empresa também propôs reduzir o adicional de horas noturnas de 70% para 50%, com uma primeira redução a 60% em fevereiro de 2020 e 50% em outubro de 2020, além da extinção do quinquênio.
A PLR (Participação nos Lucros e Resultados) que hoje é de R$ 6 mil mais variável de um salário, será reduzida para R$ 3.500 com variável de 1,5 salário mais 30% limitados a R$ 12 mil. O plano de saúde, que era 100%, passa a ter 20% de coparticipação para procedimentos de exames e consultas em consultórios, clínicas e pronto-socorro.
A proposta inclui ainda, para o Programa de Demissão Voluntária, extensão do convênio médico para colaboradores e funcionários por até 120 dias após o desligamento da empresa, e tíquete alimentação por 3 meses, no valor de R$ 350, pagos no ato da homologação, além do pagamento de um salário a cada cinco anos trabalhados na empresa.
Mesmo com a proposta rejeitada pelos trabalhadores, a empresa de maneira unilateral já aplicou a redução do tíquete alimentação de R$ 680 para R$ 350. No entanto, o Sindicato também está tomando as medidas cabíveis com relação a esta imposição.
A presidente reafirma que a rejeição pelas propostas foi decidida em assembleia pela maioria dos trabalhadores, que não concordam com a proposta final, motivo pelo qual o Sindicato continua lutando em defesa da categoria para tentar no mínimo, garantir os direitos adquiridos até o momento.
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